Cultura é trabalho e renda Neila Baldi style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever"> Em quatro meses de isolamento social - parcial ou total - quantos filmes, livros e músicas consumimos? Mesmo aqueles(as) que chamam artistas de vagabundos(as) consomem cultura. E foi este setor que ajudou a manter-nos em confinamento. O que muitas pessoas não enxergam é que cultura é trabalho e gera renda. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 2018 a cada R$ 1 investido em cultura, R$ 1,59 foram recuperados. Quando esses dados são projetados para os valores da Lei Rouanet, significa uma injeção de R$ 49,78 bilhões à economia - 2,64% do Produto Interno Bruto (PIB). Um estudo do Departamento de Economia e Estatística, da Secretaria do Planejamento do Rio Grande do Sul, divulgado este ano, mostra que a cada R$ 100 investidos em música no estado, R$ 44,50 vão para pessoal - artistas e trabalhadores(as) da cultura. O restante paga serviços - desde divulgação até hospedagem. Ou seja, o setor cultural movimenta - e muito - outros setores.
APRESENTAÇÕES EM PLATAFORMAS
Na pandemia, parte do setor não parou, se reinventou. Houve um boom de apresentações ao vivo em plataformas virtuais - as lives - e a proliferação de canais de contação de histórias, oficinas de dança etc. Surgiram as apresentações virtuais pagas, os livestreams, com ingresso pago. Um exemplo em Santa Maria é Isso não é um espetáculo, do Teatro Por que Não? Outra reinvenção foi o ressurgimento dos drive-ins: com cinemas e apresentações musicais.
SEM RESERVAS ECONÔMICAS E SEM FONTE DE RENDA No entanto, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), em 2019 o setor, responsável por 5,4% da população com ocupação profissional, vivia sem garantias: 73,2% são autônomos(as). Isso significa que, mesmo com a reinvenção de parte do setor durante a pandemia, muitos(as) não têm reservas econômicas e não conseguem criar novas formas de garantia de renda. Foi por isso que o setor lutou pela Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, que irá liberar R$ 3 bilhões aos trabalhadores e trabalhadoras da cultura, por meio de renda básica emergencial, auxilio a espaços culturais e editais diversos. Em Santa Maria, o cadastro para o acesso aos recursos da lei está aberto até hoje. Por aqui, também foram lançadas campanhas de arrecadação de cestas básicas e recursos - como a Juntos pela Dança de Santa Maria. Espaços culturais e escolas de artes ainda estão fechadas - e ficarão por muito tempo. Só em Santa Maria são mais de 450 artistas, dos diversos segmentos - além dos(as) demais trabalhadores(as) da cultura. Artista não é vagabundo. E como segmento econômico, a arte se reinventa para se manter em plena pandemia. |
Líder do mal e líder do bem
Noemy Bastos Aramburú style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever"> Em 21 de novembro de 1978, chegou ao Brasil, a notícia do suicídio de 918 pessoas, provocado pela ingestão de suco de frutas envenenado com cianeto, fornecido por seu líder Jim Jones. Eloquente orador, através de seu discurso, seduzia e recrutava pessoas, com uma fala que fundia o cristianismo pentecostal, princípios socialistas e a luta contra o racismo, seu discurso era embebido da ideia apocalíptica do fim do mundo. Destarte, conseguiu unir grupo religioso, grupo com ideologia política e os negros, apresentando um discurso que atendia seus maiores anseios - paz e igualdade. Desde os primórdios, vemos a presença de líderes: Moisés guiou os hebreus 40 anos no deserto; Joana D'arc liderou durante a Guerra dos Cem anos, Barack Obama conquistou os americanos por saber reconhecer o momento de assumir riscos ou de fazer mudanças significativas. Hodiernamente, temos grandes líderes, como exemplo, Silvio Santos na mídia, Luiza Helena Trajano na administração de empresas e Bolsonaro na política. A DIFERENÇA DE BOLSONARO Mas o que diferencia Bolsonaro de outros Presidentes? Sua ideologia e transparência como desempenha seu papel. Seu discurso de posse foi ideológico, apresentando ideias que considerava nocivas para o país, enquanto que os demais presidentes em seus discursos de posse, focaram na inflação, corrupção, petróleo e etc. A transparência pode ser vista na indicação e escolha de seus ministros, basta ver que a população em geral passou a conhecer e a acompanhar a figura de Damares Alves, Onix Lorenzoni, Regina Duarte, quando nos mandatos anteriores, a população sequer sabia quem eram os ministros nomeados. O que há de comum entre todos estes líderes?
O LÍDER DA MUDANÇA
A necessidade do ser humano de ter um líder, o que tem a dicotomia de ser positiva, quando a escolha é feita por um líder do bem, e negativa, quando a escolha é feita por um líder do mal, mas o certo é que sempre buscamos um líder. O povo desacreditando na política, viu em Bolsonaro o líder que traria a mudança desse quadro, enquanto que os oposicionistas/esquerda veem na sua pessoa a interrupção de um trabalho que vinham desenvolvendo desde a era FHC em 1995. Bolsonaro representa a ruptura desse movimento, evitando que o Brasil seja a Argentina, que cedeu a influência de líderes do mal, permitindo a entrada do socialismo. Nesta liderança do bem, passaremos o Covid-19, inclusive recebendo as empresas que estão fugindo da Argentina para um país que luta pela democracia. |